quarta-feira, 27 de junho de 2012


XUXA NUA NO GOOGLE: ADVOGADO ESPERA VITÓRIA NO TJ-RJ
Justiça

Decisão do STJ isentou site de buscas por resultados que apresentam fotos da apresentadora nua

Maria Carolina Maia


Durante gravação do programa em comemoração aos 25 anos da Xuxa na Rede Globo, a apresentadora se emocionou com o casal Márcio e Roberta que se conheceram no programa da Xuxa, 2011
Durante gravação do programa em comemoração aos 25 anos da Xuxa na Rede Globo, a apresentadora se emocionou com o casal Márcio e Roberta que se conheceram no programa da Xuxa, 2011 - Estevam Avellar/TV Globo
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clique aqui e veja as fotos da gravação do programa de 25 anos

Durante gravação do programa em comemoração aos 25 anos da Xuxa na Rede Globo, a apresentadora se emocionou com o casal Márcio e Roberta que se conheceram no programa da Xuxa, 2011 - Estevam Avellar/TV Globo. 

O embate entre Xuxa e o Google está apenas começando. É o que garante Maurício Lopes, advogado da apresentadora, derrotada nesta terça-feira pelo Google no Superior Tribunal de Justiça (STJ). Nesta terça, o STJ aceitou recurso do site de buscas e derrubou uma liminar (decisão provisória) obtida pela apresentadora que impedia a empresa de disponibilizar a internautas fotos da apresentadora nua.
Em 2010, Xuxa entrou na Justiça pedindo que o Google deixasse de fornecer links para as buscas que relacionassem seu nome com as palavras "pornografia" e "pedofilia" e de exibir duas imagens suas sem roupa – uma delas é uma montagem, segundo o advogado, e a outra faz parte de um ensaio feito para uma extinta revista masculina.
“Esse processo vai longe. É possível que daqui a dez anos a gente ainda esteja falando dessa história”, diz Maurício Lopes, para quem o STJ apenas sinalizou que é cedo para proibir o Google de apresentar determinados resultados de busca. Ele aposta que a decisão pode ser revertida quando a Justiça analisar o mérito da questão (é a partir da análise do mérito que a corte dá seu veredicto definitivo).“Ainda estamos na fase de perícia. Um dos argumentos fundamentais do Google é de que não tem meios técnicos para filtrar as imagens de Xuxa nua. Mas o perito indicado pela Justiça do Rio de Janeiro para avaliar a questão sequer iniciou seu trabalho.”
De acordo com Lopes, além do perito indicado pela Justiça do Rio, onde o processo teve início em 2010, a Coppetec-UFRJ, contratada por Xuxa, e uma empresa que o Google deve indicar deverão fornecer laudos técnicos. “Após os laudos, haverá uma sentença em primeiro grau, isto é, da Justiça do Rio. Se qualquer das partes ou ambas recorrerem, haverá então uma decisão em segundo grau, contra a qual poderá haver recurso junto ao STJ ou ao STF (Supremo Tribunal Federal). O processo está apenas começando.”
Ainda segundo Lopes, Xuxa pode recorrer da decisão tomada nesta terça-feira pelo STJ. “A decisão do STJ deve ser publicada no Diário Oficial da União nos próximos dias. A partir daí, é provável que a gente recorra. A gente pode ir ao STF.”
Outra questão que precisará ser analisada pela Justiça, caso o Google saia derrotado do processo, é a multa a ser paga pelo site. A decisão tomada em 2010 pela Justiça do Rio previa uma multa de 20 000 reais por cada resultado de busca que disponibilizasse uma das duas fotos combatidas pela apresentadora ou relacionasse seu nome a sexo e pedofilia.

XUXA MENEGHEL - ONDE ESTÁ A VERDADE?

XUXA: ANJO E DEMÔNIO - FREUD EXPLICA? (clique aqui e saiba tudo)



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31 DE MARÇO DE 1964 O DIA QUE O BRASIL NÃO VIROU CUBA!











































Lulla e seu sócio no tráfico, e outros crimes, como o roubo da refinaria da Petrobras com colares de Coca na dia da inauguração de uma estrada para transporte de cocaína para o Brasil (mundo) e ainda financiada pelo BNDS.                                                                                                    



O tipico comunista




   

ESQUERDA ACABOU COM AS POLICIAS!!!
Como que o governo do Estado do Pará acaba com a segurança pública?
E isso deve se repetir pelo Brasil todo.

1- Pagando aos delegados uns dos piores salários do Brasil;
2- Em 28 municípios do Pará não existe delegados;
3- Muitas regiões do estado tem um único delegado que é responsável por 5 municípios;
4- Em 19 municípios paraenses não existe sequer delegacias;
5- Varias delegacias tanto da capital como do interior, não oferecem as mínimas condições de trabalho, Estão caindo na cabeça das pessoas;
6- O governo ao invés de criar novas delegacias esta fechando as poucas que existem na periferia;
(ex. Telegrafo, Atalaia, Cabanagem, Aura); 
7- Jornada de trabalho excessiva;
8- Desvio de função quando os policias são obrigados a vigiar presos;
9- Falta de treinamento adequado na formação do policial;
10- Falta de politicas públicas para a diminuição da criminalidade;
As dez pragas que fazem a polícia pedir SOCORRO!!!!!!!!!!





1 - A VERDADE SUFOCADA PELO MAU! (aqui)


2 - EU TE AMO MEU BRASIL!!!!
VIVA 31 DE MARÇO DE 1964! ! (aqui)

3 - QUEM SÃO OS AGRESSORES DOS GENERAIS IDOSOS (aqui)

4 - ESSA É UMA PEQUENA PARTE DA ELITE ESQUERDISTA QUE VOCÊ SUSTENTA! 
CONFIRA A EDIÇÃO REVISTA, APERFEIÇOADA E AMPLIADA DA LISTA DOS QUE ACHAM QUE MEXER COM O CHEFE SUPREMO É MEXER COM ELES (aqui)

5 - ESQUERDISMO É UMA DOENÇA MENTAL GRAVE? (AQUI) 
6 - O QUE É O MARXISMO CULTURAL? (aqui)

7 - QUEM FOI O PRIMEIRO ESQUERDISTA? (aqui)

8 - BRASIL AMA APAIXONADAMENTE BANDIDOS
Não concordo com certas igrejas, mas o brasileiro admira com amor e fé cega o:
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Esquerdismo/Socialismo/Direitismo/Ateísmo/Obanistas/Islamismo/Humanismo/Progressismo e "militontos" de todas as matizes, assim como, todas as tralhas do mau, e esses assassinos tão amados, roubam e matam com crueldade absurda - sem nenhum consentimento das vítimas
O PT ESTÁ ISLAMIZANDO O BRASIL  (aqui)  

9 - BOLSONARO: “A MINORIA TEM QUE SE CURVAR!” (aqui)

10 - ASSASSINA FIGARISTA!!! (aqui)

11 - O BRASIL NA SEGUNDA GUERRA
Na linha de frente: a história da primeira tropa a lutar na Itália (AQUI)


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PARAGUAI ELEITOR DE LUGO É FAVORÁVEL A SUA SAÍDA
(*) Chiqui Avalos é conhecido escritor e jornalista paraguaio. Combateu a ditadura de Stroessner e apoiou a candidatura de Fernando Lugo. É o editor de “Prensa Confidencial”, influente boletim digital editado no Paraguai.

26/06/2012 às 19:33 \ Feira Livre

‘A Guarânia do Engano’, por Chiqui Avalos
CHIQUI AVALOS
“A história do Brasil, vista do Paraguai, é outra”
(Millôr Fernandes)
Como num verso célebre de meu inesquecível amigo Vinicius de Moraes, “de repente, não mais que de repente”, alguns governos latino-americanos redescobrem o velho e sofrido Paraguai e resolvem salvar uma democracia que teria sido ferida de morte com a queda de seu presidente. Começa aí um engano, uma sucessão de enganos, mentiras e desilusões, em proporção e intensidade que bem serve a que se componha uma melodiosa guarânia, mas de gosto extremamente duvidoso.
Sucedem-se fatos bizarros na vida das nações em pleno século XXI. Uma leva de chanceleres, saídos da espetaculosa e improdutiva Rio+20, desembarca de outra leva de imponentes jatos oficiais no início da madrugada de um incomum inverno, e ─ quem sabe estimulados pela baixa temperatura ─ se comportam com a mesma frieza com que a “Tríplice Aliança” dizimou centenas de milhares de guaranis numa guerra que arrasou a mais desenvolvida potência industrial da América Latina.
Surpresos? Não é para menos. Éramos ricos, muito ricos, industrializados, avançados, educados, cultos, europeizados, amantes das artes, dos livros, das óperas, do desenvolvimento. Nossos antepassados brilharam na Sorbonne e assinaram tratados acadêmicos, descobertas científicas ou apurados ensaios literários. A menção de nossa origem não provocava o deboche ou ironia tão costumeiros nos dias tristes de hoje, mas profunda admiração e curiosidade dos que acompanhavam nossa trajetória como Nação vencedora. Não ficamos célebres como contrabandistas ou traficantes, mas como povo empreendedor e progressista. A organização de nossa sociedade, a intensa vida cultural, o progresso econômico irrefreável, a bela arquitetura de nossas cidades, nossos museus e livrarias, a invulgar formação cultural de nossa elite, a dignidade com que viviam nossos irmãos mais pobres (sem miséria ou fome) impressionavam e merecem o registro histórico.
A rainha Vitória, que não destinou ao resto do mundo a mesma sabedoria com que governou e marcaria para sempre a história do Reino Unido, armou três mercenários e eles dizimaram a potência que, com sua farta e boa produção e espírito desbravador, tomava o mercado da antiga potência colonial do lado de baixo do Equador. Brasil, Argentina e Uruguai nos arrasaram. Nossos campos foram adubados pelos corpos de nossos irmãos em decomposição, decapitados à ponta de sabre e com requintes de sadismo. O Conde D’Eu, marido de quem libertaria os negros da escravidão e entraria para a história do Brasil, comandava pessoal e airosamente o massacre. Os historiadores, essa gente bisbilhoteira e necessária, registraram seu apurado esmero e indisfarçável prazer. O nefasto delegado Sérgio Fleury teve um precursor com quase um século de antecedência…
Nossas cidades terminaram por ser habitadas por populações majoritariamente compostas de mulheres e crianças. Poucos homens restaram do genocídio perpetrado. Pedro II, que marcaria a história do Brasil por sua honradez, comportou-se de forma impressionante nessa obscura página da história do Brasil, mas inversamente conhecidíssima na história de meu país: não moveu uma palha ou disse palavra acerca do sadismo de seu genro criminoso. Documentos por mim revirados no Arquivo Nacional, no Rio de Janeiro, mostram a assinatura do velho Imperador autorizando a compra de barcos, chatas, cavalos e tudo o que fosse necessário para uma caçada de vida ou morte (mais de morte, certamente) a Lopez. Não bastava derrotar o déspota esclarecido, o republicano que os humilhava, o que havia desafiado os impérios da Inglaterra, do Brasil, da Espanha… Era preciso assinar seu epitáfio e esculpir sua lápide. E assim foi feito.
Derrotados, nunca mais fomos os mesmos. Passamos a ser conhecidos por uma República já bicentenária, mas atrasada em comparação aos vizinhos. Enfrentamos uma guerra cruel com a Bolívia na primeira metade do século passado. Roubaram-nos importante faixa territorial do Chaco, região paradoxalmente inóspita e riquíssima. Ganhamos a guerra. Nossos soldados mostraram a valentia e o patriotismo que brasileiros, uruguaios e argentinos haviam conhecido  mais de meio século antes. Nossa incipiente aviação militar e seus jovens pilotos assombraram os experts norte-americanos pela refinada técnica e pelo sucesso de suas ações contra o agressor. Mas, numa história prenhe de ironias, vencemos a guerra e… jamais recuperamos as terras! Os bolivianos, que jamais olham nos olhos nem das pessoas nem da história, certamente se rejubilam em sua “andina soledad” e, como os argentinos depois da inexplicável Guerra das Malvinas, sabem-se “vice-campeones”…
Mal saímos da Guerra do Chaco e experimentamos a mesma e usual crônica tão comum a rigorosamente todos os outros países latino-americanos. Golpes e contra-golpes, instantes de democracia e hibernações em ditaduras ferrenhas. Presidentes  se sucederam despachando no belíssimo Palácio de Lopez e vivendo na vetusta mansão de Mburuvicha Roga (“A casa do grande chefe”, em guarani). Uns razoáveis, outros deploráveis. Nenhum deles, entretanto, recuperou a glória perdida dos anos de riqueza, opulência e fartura. Um herói da Guerra do Chaco tornou-se ditador e nos oprimiu por mais de três décadas. Homem duro, mas de hábitos espartanos e por demais interessante, o multifacético Alfredo Stroessner não recusou o papel menor de tirano, mas construiu com o Brasil a estupenda hidrelétrica de Itaipu, a maior obra de engenharia de seu tempo, salvando o Brasil de previsível hecatombe energética. Foi parceiro e amigo de todos os presidentes do Brasil de JK a Sarney. Com os militares pós-64 deu-se às mil maravilhas, mas foi de suas mãos que o exilado João Goulart recebeu o passaporte com que viajaria para tratar sua saúde com cardiologistas franceses. Deposto, o velho ditador morreu exilado no Brasil. Nós que o combatíamos (nasci em Buenos Aires, onde meu pai, empresário de sucesso mas adversário da ditadura, curtia seu exílio) jamais soubemos de ação qualquer, uma que fosse, do Brasil em seus governos democráticos contra a ditadura do general que lhes deu Itaipu.

A vez de Fernando Lugo
Depois de duas décadas da derrubada de Stroessner, nos aparece Fernando Lugo. Sua história é peculiar. Era bispo de San Pedro, simpaticão e esquerdista, pregava aos sem-terra e parecia não incomodar ninguém, nem aos fazendeiros da área. Pelos idos de 2007 o então presidente Nicanor Duarte Frutos, um jovem jornalista eleito pelos colorados, resolve seguir o péssimo exemplo de Menem, Fujimori e Fernando Henrique, e deixa clara sua vontade de mudar a Constituição e permanecer na presidência, valendo-se do instituto inexistente da reeleição. Seu governo era mais que sofrível e ─ desculpem-nos a imodéstia lastreada em nossa história ─ nós, os paraguaios, não somos dados ao desfrute de mudar nossa Carta Magna ao sabor da vontade de presidente algum.
O país se levantou contra a aventura e ele, o bispo bonachão, justamente por não ser político e garantir que não alimentava qualquer ambição de poder, é escolhido para ser o orador de um grande ato público, com dezenas de milhares de pessoas reunidas no centro de Assunção. Pastoral, envolvente, preciso, o Bispo de San Pedro cativou a multidão, deu conta do recado e  catalisou a imensa indignação da cidadania. A aventura continuísta de Nicanor não foi bem-sucedida, mas, com a sutileza de um príncipe da Igreja nos intricados concílios que antecedem a fumacinha branca no Vaticano, nos aparece um candidato forte à presidência da República: ‘habemus candidatum’! A batina vestia mais que um pastor, escondia um homem frio, ambicioso, ingrato e profundamente amoral.
Seu primeiro problema foi com a Santa Madre Igreja. A Santa Sé, certamente por saber algo que nós não sabíamos, vetou sua disposição política. Não, ele jamais poderia ser candidato. A igreja católica combateu a ditadura do general Stroessner com imensa coragem e ações firmes, mas não queria ocupar a presidência do país. “Roma locuta, causa finita” (“Roma falou, questão decidida”). Mas não para Lugo, que deixou seu bispado, despiu a batina e virou as costas a quem o educou e  acolheu em seu seio. Poucos e corajosos colegas, bispos e padres, ousaram apoiá-lo abertamente. Na última sexta-feira, depois de três anos sem vê-lo ou serem por ele procurados, esses mesmos amigos e apoiadores foram até a residência presidencial pedir ─ em vão ─ que Lugo renunciasse à presidência do Paraguai para que se evitasse derramamento de sangue. Com frieza, o homem seduzido pelo poder disse não, levantou-se e despachou aqueles inoportunos portadores da palavra divina.
Candidato sem partido, favorecido pela simpatia da clara maioria do eleitorado, filiou-se ao centenário e respeitável PLRA, dos liberais, há mais de 60 anos fora do poder e com a respeitável bagagem de uma corajosa oposição à ditadura stroessnista. Como um Jânio Quadros, Lugo filiou-se ao Partido Liberal Radical Autêntico e usou sua bandeira, sua história e sua estrutura capilarizada em toda a sociedade paraguaia. E depois deu-lhe um adeus de mão fechada, frio e indiferente.
Eleito, desfez-se de todos os companheiros de jornada. Um a um. Stalin não apagou tantos nas fotos oficiais do Kremlin como o ex-bispo o fez. Por sinal, demitiu os mais qualificados. Restaram-lhe os cupinchas, os facilitadores de negócios e de festinhas íntimas, os “operadores” e alguns incautos esquerdistas para colorir com as tintas de um risível ‘socialismo guarani’ o governo de um homem que chegou como o Messias e terminaria como um Judas Escariotes.
Lugo poderia emprestar seu nome e sua vida política (e pessoal, também) ao mestre Borges e tornar-se uma das impressionantes personagens da “História Universal da Infâmia”. Um infame, não mais que isso! Mal foi eleito e empossado, sucedem-se escândalos e se revela seu procedimento moral. Filhos impensados para um Bispo supostamente casto. Vários. Todos jamais reconhecidos ou amparados, gerados com mulheres as mais pobres e sem instrução alguma, do meio rural, humilhadas depois de usadas, uma delas com apenas 16 anos quando engravidou. Se traíra a sua Igreja, por qual razão não nos trairia?
Durante seus três anos de governo, não passou um mês sequer sem viajar a um país qualquer. Com razão ou sem nenhuma, tanto fazia, lá se ia ele, o alegre viajante para conferências esvaziadas ou cerimônias de posse de mandatários sem importância para o Paraguai. As pompas do poder o abduziram como a nenhum déspota de república bananeira do Caribe. Os comboios de limusines com batedores estridentes, as festas e beija-mãos, os eternos e maviosos cortesãos do poder, as belas mulheres, as mesas fartas, os hotéis cinco estrelas, a riqueza, a opulência, os “negócios”. O despojado ex-bispo tornou-se grande estancieiro, senhor de terras, plantações e gado. O presidente que tomou posse calçando prosaicas sandálias, símbolo de humildade, revelou-se um homem vaidoso e fetichista. Como que a vestir a mentira em que ele próprio se tornou, passou a envergar elegantes e bem-cortadas túnicas encomendadas a alfaiates da celebérrima e caríssima Savile Row, templo londrino da moda masculina. No detalhe, o estelionato (mais um): colarinhos eclesiásticos. Afeiçoou-se a lindas e jovens, digamos, “modelos”, que floriram sua vida e a imensa banheira Jacuzzi que mandou instalar na austera e velha residência presidencial. Muitas delas o precediam mundo afora, esperando-o em hotéis fantásticos e palácios, nas vilegiaturas internacionais. Viajavam com documentos oficiais. Kaddafi proporcionava passaportes diplomáticos a terroristas, Lugo, a prostitutas.

O veto de Itaipu
Sua afeição pelos jatinhos e jatões chegou às raias do fetiche: passou boa parte de seu peculiar mandato a bordo deles. Fretados a empresas de táxi aéreo de outros países, mandados pelos amigões Hugo Chávez e Lula, outros emprestados por uns tais e misteriosos amigos. Chocou-se com o brasileiro Jorge Samek, fundador do PT e competente gestor, que na presidência brasileira da Itaipu resolveu vetar capricho juvenil do ex-bispo e delirante presidente: a poderosa binacional compraria um jato para seu uso. Um Gulfstream estaria de bom tamanho, quem sabe um Falcon, ou até um brasileiríssimo Legacy, mas ele precisava ardentemente de um jato para chamar de seu. Depois mandou que o comandante da Força Aérea negociasse um Fokker 100, adaptado com suíte e ducha. Nada feito, o raio de ação seria pequeno e ele precisava ganhar o mundo. Por fim, nos estertores de seu governo, entabulava a compra de um Challenger, usado mas chique, de um cartola do futebol paraguaio. O preço, como sempre, mais um escândalo da Era Lugo: pelo menos o dobro de um modelo novo, saído de fábrica…
Obras viárias? Imagine. De infraestrutura? Nenhuma. Modernização do país? Nem pensou nisso. Crescimento econômico? Sim, mas por obra de uma agricultura forte, de empresários jovens e ambiciosos, de uma indústria florescente e de um ministro da economia, Dionísio Borda, que destoou da regra geral do governo Lugo: competente e austero, imune às vontades do presidente e distante da escória que o cercava. A cada novo dia, no parlamento, nas redações, nos sindicatos, nos foros empresariais, nos encontros de amigos, um novo comentário, uma nova história de mais uma negociata dos assessores e companheiros de Lugo. Proporcionalmente, nem na ditadura de Stroessner (mais de três décadas) se roubou tanto quanto no governo pseudo-esquerdista de Fernando Lugo (menos de três anos).  Já com Lugo deposto, seu secretário mais forte, Miguel Lopez Perito, telefonou à diretoria da Itaipu solicitando a bagatela de US$ 300 mil para organizar uma manifestação em defesa do governo. Queria ao vivo e em cores, “na mala”, por fora, não contabilizado, no “caixa 2″. Que tal? O fato, relatado por um diretor da binacional, é revelador do modus-operandi da verdadeira quadrilha que comandava o país.

O impeachment
Seu processo de “Juízo Político” ─ algo como um processo de impeachment ─ está previsto na Constituição do Paraguai. Não foi uma travessura histórica de meia dúzia de líderes políticos ou parlamentares, tampouco um revide às descortesias de Lugo para com os partidos, os empresários, os paraguaios todos. Que tipo de presidente era esse que teve 73 deputados votando por sua queda contra apenas 1 solitário voto? Que espécie de chefe da Nação era esse que teve 39 votos contrários no Senado contra apenas 4 de senadores fiéis ao seu desgoverno? Não teve tempo, apenas duas horas para defender-se, dizem. Ora, a Constituição não determina tempo, apenas assegura o direito de defesa, exercido através de competentíssimos advogados, que fizeram exposições brilhantes na defesa do indefensável. Um deles, Dr. Adolfo Ferreiro, admitiu claramente que o processo era legal. De outro, Dr. Emilio Camacho, em imponente ironia da história, os magistrados da Suprema Corte extraíram em um de seus celebrados livros aqueles ensinamentos necessários e a devida jurisprudência para rechaçar chicana jurídica do já ex-presidente contra o processo legal, constitucional e moral que o defenestrou. C’est la vie, Monsieur Lugo!
Em Curuguaty, num despejo de terras ocupadas pelos “carperos” (os sem-terra daquí), houve dezenas de mortes de ambos os lados. Lugo e seu ministro do Interior, o belicoso senador Carlos Filizzola, foram avisados de que havia uma emboscada pronta para as forças militares. Com a empáfia e a absoluta irresponsabilidade que os caracterizaram do primeiro ao último dia, e fiéis aos amigos que manejam o MST daqui e infernizam a vida de nossos produtores rurais (entre os quais os 350 mil brasileiros que aqui plantam, colhem e vivem, nossos irmãos “brasiguaios”), ambos ordenaram a ação que se tornou uma tragédia na história de nosso país. Poderia citar, também, o EPP (Exército do Povo Paraguaio), guerrilha formada por terroristas intimamente ligados a Lugo em seus tempos no bispado de San Pedro. Jamais as forças de segurança puderam fazer nada contra eles. Mapeados, identificados, monitorados e livres! Lugo se manteve fiel aos bandidos pelos quais mostra clara e pública afeição. Como o respeitado Belaúnde Terry, no Peru, que permitiu com seu “democratismo” o crescimento do terror representado pelo Sendero Luminoso de Abimael Guzmán, o nada respeitável Lugo é o pai e a mãe do EPP.

Um hiato na história
Fernando Lugo foi um acidente em nossa história. Necessário, mas sofrido. Seus defeitos superaram suas virtudes. Aqueles eram muitos, essas muito poucas. Nós que nele votamos, sequiosos de um Estadista, nos deparamos com um sibarita. Seu legado é de decepção e fracasso. Não choraram por ele dentro de nossas fronteiras, e os que o defendem fora delas o fazem muito mais pensando no que lhes pode ocorrer do que por solidariedade ao desfrutável governante e desprezível homúnculo que cai.
O fim de seu governo dói mais a um já dolorido Chávez do que a nós. A senhora Kirchner, radical na condenação que nos impõe, se esquece de nossa parceria na importante e gigantesca usina hidrelétrica de Yaciretá, e amplia sua lucrativa viuvez acolhendo em seu seio choroso o decaído amigo. Solidária? Nem tanto, apenas oportunista, e ciente de que se abriu o precedente para que os parlamentos expulsem os incapazes. Na Bolívia, o sentimento popular em relação ao sectário e também bolivariano Evo Morales não é diferente do sentimento dos paraguaios por Lugo no outono de sua aventura presidencial. É pior. O relógio da história irá tocar as badaladas do fim de uma aventura improdutiva, raivosa, racista e liberticida.

A posição brasileira
Não compreendemos a posição do Brasil. Ou não queremos compreender, tamanho é o bem que lhe queremos. O Brasil nos arrasou como sicário da Rainha Vitória. Nós o perdoamos e juntos construímos o colosso de Itaipu. Nós o tratamos bem e ele defende a continuidade de uma das piores fases de nossa história. Em nome do quê? Nega-nos o direito à autodeterminação, mas se esquece do papelão ridículo que fez em defesa de um cretino como Zelaya, um corrupto ligado a grupos somozistas de extermínio e que era tão esquerdista como Stroessner e tão democrata quanto Pinochet.
Foi deplorável o papel do inexpressivo chanceler Patriota (que não se perca pelo nome), saracoteando pelas ruas de Assunção em desabalada carreira, pressionando os partidos Liberal e Colorado em favor de um presidente que caía. Adentrando o Parlamento ao lado do chanceler de Hugo Chávez, o Sr. Maduro, para formular ameaças em benefício de um presidente que o país rejeitava. Ou indo ao vice-presidente Federico Franco ameaçá-lo com imensa desfaçatez, desconhecendo seu papel constitucional e o fato de que ninguém renunciaria a nada apenas por uma ameaça calhorda da Unasul (que não é nada) e outra não menos calhorda do Mercosul (que não é nada mais que uma ficção). O Barão do Rio Branco arrancou seus bigodes cofiados no túmulo profanado pelo Itamaraty de hoje.
O que quer o governo Dilma? Passar pelo mesmo vexame de Lula na paupérrima Honduras? Nós temos imensa disposição de manter uma parceria que se revelou positiva e decente para ambos os países. Mas a austera presidente não nos inspira o mesmo terror-medo-pânico que infunde nos seus  auxiliares e ministros. Cara feia não faz história, apenas corrói biografias. Dilma chamou seu embaixador em Assunção, Cristina fez o mesmo. As matronas radicais só não sabiam que o embaixador brasileiro é um ausente total, passando mais tempo em Pindorama do que aqui. O embaixador Eduardo Santos é tido no Paraguai como alguém que acredita que as melhores coisas em nosso país são ar condicionado e passagem de volta. Recorda o ex-embaixador Orlando Carbonar, que foi pego de surpresa em fevereiro de 1989 pelo movimento que derrubou o general Stroessner. Até meus filhos, crianças naquela época, sabiam que o golpe se avizinhava e que estouraria a qualquer momento. Só não sabia disso o embaixador brasileiro, que descansava no carnaval de Curitiba, onde nasceu. Voltou às pressas, num jatinho da FAB, para embarcar Stroessner rumo ao Brasil. E a Argentina… Bem, a Argentina não tem embaixador no Paraguai faz alguns meses… Ocupadíssima, Dona Cristina não nomeou seu substituto. País de necrófilos (amam Gardel, Che, Evita e Maradona, entre outros defuntos), chamou um embaixador que não existe, um diplomata fantasma, para consultas na Casa Rosada.
O Paraguai fez o que tinha que fazer. Seguirá adiante, como seguem adiante as Nações, testadas e curtidas pelas crises que retemperam a cidadania e reforçam a nacionalidade. O religioso que não honrou seus votos de castidade e pobreza e traiu sua igreja foi por ela rejeitado. O presidente que não honrou nossos votos e nos traiu por nós foi deposto. Deposto por incapaz, por mentiroso, por ineficiente, por desonesto. Mas principalmente por ter traído as esperanças de um país e de um povo que precisaram dele e nele confiaram. Por isso, Lugo não voltará.
(*) Chiqui Avalos é um conhecido escritor e jornalista paraguaio. Combateu a ditadura de Stroessner e apoiou a candidatura de Fernando Lugo. É editor de “Prensa Confidencial”, influente boletim digital editado em Assunção.


E AGORA REINALDO AZEVEDO - REVISTA VEJA

25/06/2012
 às 15:34

Dilma, na prática, lidera esforços em favor da convulsão social na Paraguai. E por que ela não acontece?

A presidente Dilma Rousseff lidera, a palavra é essa, os esforços para levar a convulsão social ao Paraguai, que, felizmente, não está em curso porque a grande e estonteante popularidade de Fernando Lugo é uma fantasia. O ex-bispo “pegador” e ex-presidente formou agora um governo paralelo, sob os auspícios de Dilma e dos candidatos a ditadores da América do Sul que estão com ela nessa patuscada: Rafael Correa, Evo Molares e Cristina Kirchner. Hugo Chávez já é ditador.
A Suprema Corte de Justiça do país rejeitou um recurso de Lugo contra a decisão do Senado, e o Tribunal Superior de Justiça Eleitoral reconheceu Federico Franco o presidente legítimo do país.
Por Reinaldo Azevedo

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A ESQUERDA, A FALANGE E O COMANDO VERMELHO





"Adaptado por Osvaldo Aires de Wikipédia, a enciclopédia livre e atualmente perseguida - normal"


Comando Vermelho Rogério Lemgruber, mais conhecido como Comando Vermelho, ou pelas siglas CV e CVRL, é uma organização criminosa no Brasil. Foi criada em 1979 na prisão Cândido Mendes, na Ilha Grande, Angra dos Reis, Rio de Janeiro, como um conjunto de presos comuns e presos políticos (Ideologia Comunistas), os presos comuns eram membros da conhecida Falange Vermelha, que assaltava a população do Rio de Janeiro, praticava todo o tipo de crime, desde tráfico de drogas até cassinos de jogos de azar, prostituição e escravidão de estrangeiros, como também tráfico de órgãos humanos. Durante toda a década de 1990, o Comando Vermelho foi uma das organizações criminosas mais poderosas do Brasil, onde se incrementou o que se desenvolvia nas Falanges, que não eram organizadas, era o que a Polícia chamava de "Crime Desorganizado".

O Comando Vermelho ainda controla partes da cidade e ainda é comum encontrar ruas pichadas com as letras "CV" em muitas favelas do Rio de Janeiro. Os principais grupos rivais do Comando Vermelho são o Terceiro Comando Puro (TCP) e (ADA) Amigos dos Amigos, além das milícias.

Entre os integrantes da facção que se tornaram notórios depois de suas prisões, estão o líder da facção Fernandinho Beira-Mar, Marcinho VP, Mineiro da Cidade Alta e Elias Maluco (em homenagem a Paulo Maluco autodenominado "Escadinha", em homenagem ao irmão - morto).


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[editar]História

A facção descende da Falange Vermelha (Crime Desorganizado, segundo relatórios policiais), criada por Rafael Basi(mentor) e muitos outros criminosos comuns, que lhe dá nome, pois eram células soltas, sem um Aparelho que às Organizasse, ainda na década de 1970[1]

Uma das primeiras medidas do Comando Vermelho ou CVRL foi a instituição do "caixa comum" da organização criminosa, alimentado pelos proventos arrecadados pelas atividades criminosas isoladas, daqueles que estavam em liberdade, o dízimo. O dinheiro assim arrecadado serviria não só para financiar novas tentativas de fuga, mas igualmente para amenizar as duras condições de vida dos presos, reforçando a autoridade e respeito do Comando Vermelho no seio da massa carcerária.

No início das anos 1980, os primeiros presos foragidos da Ilha Grande começaram a pôr em prática todos os ensinamentos que haviam adquirido ao longo dos anos de convivência com os Comunistas, segundo relatórios do Serviço Nacional de Informações (SNI-presos políticos)[carece de fontes], organizando e praticando numerosos assaltos a instituições bancárias, algumas empresas e joalherias.

Ainda no início da década de 1990, a facção influenciaria a criação do Primeiro Comando da Capital em São Paulo.[2] Dela surge ainda uma espécie de dissidência, posteriormente reincorporada, o Comando Vermelho Jovem.[3]

Na década de 2000 diversas de favelas controladas pela facção passaram a ser ocupadas por milícias e por Unidades de Polícia Pacificadora.
[editar]Na cultura popular

A organização foi retratada em 400 contra 1 - A história do Comando Vermelho, filme dirigido por Caco Souza e estrelado por Daniel de Oliveira, Daniela Escobar e participação especial de Negra Li.
Referências

Extra (10 de maio de 2009). Rogério Lengruber e a Falange Vermelha. Extra.globo.com. Página visitada em 14 de dezembro de 2011.
Folha de São Paulo (21 de fevereiro de 2001). Comando Vermelho deu origem à organização paulista. Folha.com. Página visitada em 14 de dezembro de 2011.
Pedro Dantas, Folha de São Paulo (26 de janeiro de 2001). Comando Vermelho Jovem pode ter financiado túnel em Bangu 3. Folha.com. Página visitada em 14 de dezembro de 2011.
[editar]Ver também
Quase Dois Irmãos, filme de 2005 de Lúcia Murat
[editar]Bibliografia
[editar]Ligações externas
Comando Vermelho Brazil Now Glossary (em inglês)
Fundador do Comando Vermelho sepultado no RJ


O FALANGISTA CHARLES FOURIER
François Marie Charles Fourier


Nascimento 7 de Abril de 1772
Besançon
Morte 10 de Outubro de 1837
Paris


François Marie Charles Fourier (Besançon, 7 de Abril de 1772Paris, 10 de Outubro de 1837) foi um socialista francês da primeira parte do século XIX, um dos pais do cooperativismo. Foi também um crítico ferino do economicismo e do capitalismo de sua época, e adversário daindustrialização, da civilização urbana, do liberalismo e da família baseada no matrimônio e na monogamia.


O caráter jovial com que Fourier realizou algumas de suas críticas fez dele um dos grandes satíricos de todos os tempos. Propôs a criação de unidades de produção e consumo - as falanges ou falanstérios - baseadas em uma forma de cooperativismo integral e auto-suficiente, assim como na livre perseguição do que chamava paixões individuais e seu desenvolvimento, o que constituiria um estado que chamava harmonia. Neste sentido antecipa a linhagem do socialismo libertário dentro do movimento socialista, mas também em linhas críticas da moral burguesa e cristã, restritiva dodesejo e do prazer - neste sentido, sendo também em um dos precursores da psicanálise.[1] Em 1808 Fourier já argumentava abertamente em favor da igualdade de gênero entre homens e mulheres, apesar da palavra feminismo só ter surgido em 1837.[2]



Entusiastas de suas ideias estabeleceram comunidades intencionais nas três Américas. O Falanstério do Saí em Santa Catarina e a Colônia Cecíliano Paraná foram experiências práticas inspiradas por Fourier no Brasil, assim como La Réunion no Texas e a Falange Norte-americana em Nova Jersey, nos Estados Unidos.




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[editar]Biografia



Nascido em Besançon,[3] filho de um modesto homem de negócios, Fourier estava mais interessado na arquitetura que nos negócios de seu pai.[3] De fato, queria converter-se em engenheiro, mas a Escola de Engenharia Militar aceitava somente filhos da nobreza.[3] Mais tarde Fourier se alegraria em não ter se tornado um engenheiro, porque segundo ele, esta profissão lhe teria consumido muito tempo, afastando-o de seu verdadeiro desejo: ajudar a Humanidade.[4] Em Julho de 1781, logo após a morte de seu pai, Fourier herda dois quintos de sua fortuna, avaliada em mais de 200 000 francos.[5] Esta repentina riqueza lhe permite a liberdade de viajar através da Europa por prazer. Em 1791 muda-se de Besançon para Lyon, onde trabalha para o mercador M. Bousquet.[6] Em suas viagens, vai também a Paris onde trabalha como chefe de Oficina de Estatísticas por alguns meses. Fourier não concordava com viajar para benefícios alheios. A fim de obter conhecimentos em tudo o que pudesse, Fourier mudaria de emprego e residência para experimentar novas coisas. Entre 1791 e 1816 trabalhou em Paris, Ruão, Lyon, Marselha, eBordéus[7] como viajante de negócios e agente dos correios, período em que não dispunha de muito tempo para suas investigações. Deixando-se "servir à vontade dos mercadores" e da estupefação das tarefas "enganosas e degradantes". Em seus pensamentos havia três elementos principais: as pessoas que conheceu como viajante de negócios, os periódicos e a introspecção. Seu primeiro livro foi publicado em 1808.



Em Abril de 1834 Fourier muda-se para o apartamento de Paris onde morrerá mais tarde, em outubro de 1837.[6] Em 11 de Outubro de 1837, às três da tarde, tem início uma procissão da porta de sua casa até a igreja de Petits-Peres.[8] À cerimônia foi assistida por mais de quatrocentas pessoas de todos os lugares.[8]

[editar]Crítica à "civilização"



O Falanstério de Fourier em perspectiva. As áreas rurais e os jardins não estão representados.


Grande parte das críticas de Fourier são voltadas contra as posições que justificam e perpetuam o sofrimento humano como é o caso do cristianismo, do conservadorismo ou do niilismo.



Nesse sentido que identifica no centro do cristianismo a imagem do pecado original. "Fourier encarna um momento único do pensamento ocidental; levando a crítica à religião, elaborada pelo movimento filosófico, até as últimas consequências lógicas, até o rechaço da moral da família e da hierarquia social e simboliza todo um momento em que a reação pós-revolucionária estava em todo seu apogeu, se sustentando ainda por muito tempo boa parte das conquistas intelectuais do século XVIII".[1] Nesta mesma linha argumentativa vinculava a ideia de civilização a um sentido pejorativo, reconhecendo nesta uma forma social contemporânea a ser superada. Desta forma Fourier transcendida o economicismo de grande parte do pensamento socialista de sua época e de momentos posteriores. Assim não só criticava as estruturas econômicas do capitalismo, mas também a moral inteira da sociedade contemporânea e seus costumes.



Através de seu rechaço à moral pessimista e focada na dor, propunha assumir como foco à felicidade entendida como satisfação dos sentidos, e também como prazer. Tudo isto indo contra o que chamava "o masoquismo mental".[1] Este elemento foi ponto fundamental em sua crítica à estrutura da família nuclear promovida pelo cristianismo, as unidades camponesas e o capitalismo de seu contexto. Dizia que essa estrutura era ao mesmo tempo economicamente absurda e passionalmente absurda. A primeira se devia ao fato da família enquanto unidade econômica não ser capaz de prover sua própria sustentação e necessitava de uma maior cooperação entre um maior número de pessoas assim como o trabalho cooperativo de um número maior de pessoas que é desperdiçado às vezes no trabalho familiar de pequenos grupos. A segunda era porque Fourier afirmava que viver com as mesmas pessoas toda a vida e o tempo todo (e pior no caso de relações amorosas/sexuais com a mesma pessoa por toda a vida) condenava os envolvidos à monotonia e ao tédio, assim como ao conformismo, impedindo um maior desenvolvimento da personalidade se comparado às possibilidades existentes nas relações mais múltiplas de duração diversa.



Nesta perspectiva, a sociedade atual encontraria claramente seu fundamente na hipocrisia ou em uma estrutura basicamente hipócrita. Isto devido ao fato de se ter uma constante contradição entre as palavras e as ações assim como entre os deveres e as aspirações. As pessoas aspiram à realização de seus desejos, no entanto se reprimem e recorrem à moral para se auto-justificarem e reprimir os que quiserem perseguir seus desejos, ou como diria Fourier suas paixões.[1]



Contra esta moral, a qual se atravessa tanto no âmbito da vida doméstica como nas esferas do trabalho, da economia e da política, Fourier afirma abertamente que as paixões não são nocivas mas sim, ao contrário, parte fundamental da natureza humana e assim mesmo elemento necessário para o desenvolvimento da personalidade.[1]



Fourier também denunciou a exploração de que eram vítimas os trabalhadores, as mulheres e crianças, e a desigualdade social de sua época. Foi o primeiro que chegou a afirmar por exemplo que "o grau de emancipação da mulheres em uma sociedade é o termômetro geral através do qual se mede à emancipação geral".

[editar]As paixões e o livre desenvolvimento da personalidade

Hakim Bey na seguinte citação resume a crítica de Fourier à civilização:

As misérias da Civilização tem desviado a Terra e a humanidade de seu próprio destino em um sentido literalmente cósmico. A Paixão, a qual temos aprendido a entender como "o mal", é de fato, virtualmente, o princípio divino. Os seres humanos são estrelas microscópicas, e todas as paixões e desejos (incluindo os "fetiches" e as "perversões") são por natureza não somente boas, mas sim necessárias para a realização do destino dos humanos. No sistema de Harmonia de Fourier todas atividades criativas incluindo a indústria, o artesanato, a agricultura (etc.) surgiram da libertação da paixão - esta é a famosa teoria do "trabalho atrativo". Fourier sexualiza o próprio trabalho - a vida do Falanstério é uma contínua orgia do sentimento intenso, do pensamento e da atividade, uma sociedade de amantes e selvagens entusiastas. Quando a vida social da terra é harmonizada, nosso planeta voltará a ser incorporado ao universo da Paixão e serão experimentadas vastas transformações na forma do corpo humano, no tempo atmosférico, nos animais e nas plantas, e mesmo nos oceanos.

— Hakim Bey, O oceano de limonada e os tempos modernos.


Fourier afirmava que as paixões são impulsos e necessidades que podem ser desenvolvidas. Contra seus críticos que afirmavam que o desenfreio irracional das paixões poderia ser algo potencialmente suícida, Fourier advertia que um completo abandono às paixões só poderia se dar em harmonia e fazê-lo em civilização seria perigoso. Assim mesmo contra os críticos que diziam que as paixões podem ser também destrutivas dos outros ou malignas ele decidiu fazer uma tendência de paixões ou instâncias passionais harmônicas e outras subversivas. As primeiras quando se realizam não ferem aos outros ou até podem ajudar-lhes a realizarem-se, enquanto que as segundas podem ferir aos outros ou limitá-los. Fourier afirmava que na restrição se promovia a dívida e a escassez de oportunidades de auto-realização tendendo irremediavelmente ao conflito. Num estado de livre expressão da personalidade e de superação desta escassez o conflito irremediavelmente se reduz quando não é eliminado. Por outro lado ele propõe um esquema no qual haveria algumas paixões "distributivas" que eliminam o conflito e também evitam tédio.

[editar]O cooperativismo como alternativa



Interior do familistério do fourierista Jean Baptiste Godinem fins século XIX.


Não sacrificai a felicidade de hoje em nome da felicidade futura. Desfrutai do momento, evitai toda associação de matrimônio ou de interesse que não satisfaça vossas paixões no mesmo instante. Por que trabalhar pela felicidade futura, se ela se sobrepõe aos vossos desejos, e, na ordem combinada, tereis apenas um desprazer: o de não poder dobrar a duração dos dias, a fim de que eles comportem o imenso círculo de gozos que tereis a percorrer

—C. Fourier, Fourier, Aviso aos civilizados a respeito da próxima metamorfose social.[9]

Diante deste panorama Fourier propunha uma alternativa cooperativista. Se se permitisse às pessoas realizar livremente suas inclinações ou paixões se produziria um estado de equilíbrio entre todos, ou como o chamou, harmonia. Como fundamento da tese de Fourier estava a possibilidade de se estabelecer uma sociedade verdadeiramente justa, para a qual propôs a fundação de falanstérios (comunidades); os benefícios obtidos seriam repartidos entre os membros da falange e os capitalistas que houvessem investido dinheiro em sua construção. Uma das cooperativas mais famosas idealizada por Fourier foi a Coopérative des bijoutiers em Doré. Fourier pretendia convencer os capitalistas a proporcionarem recursos necessários para a construção de Falanstérios, no entanto, nenhum deles aceitaria sua proposta.



A Falange e o falanstério teriam as seguintes características:


No lugar dos vastos centros que absorvem as populações, as aldeias, as casas, construídas ao azar no mapa, mal distribuídos, mal traçados seus limites, tão incoerentes em sua distribuição geral como em sua organização particular, a humanidade deve estar agrupada por comunidades, regulares pelo número de seus habitantes, por sua ordem interior e pelas condições de equilíbrio na relação com outras comunidades, obedecendo todas a lei análogas. Na ordem combinada ou societária estas comunidades recebem o nome de falange, palavra que significa uma ideia de conjunto, de unidade, de vontade e de objeto. A falange deve ser composta de 400 famílias (1.600 ou 1.800 pessoas, com uma média da densidade das famílias de 4,5). As bases desta associação são: 1º Todos os habitantes da comunidade, ricos e pobres, formarão parte da associação; o capital social o constituirão os imóveis de todos e os móveis e capitais investidos por cada um à sociedade. 2º Cada associado em troca de seus investimentos, receberá ações que representem o valor exato do que haja investido. 3º Toda ação terá hipoteca sobre a parte dos imóveis que represente e sobre a propriedade geral da sociedade. 4º Todo associado (se é associado ainda quando não se possuem ações nem capital algum) deve concorrer à exploração do bem comum, com seu trabalho e com seu talento. 5º As mulheres e as crianças entram na sociedade com o mesmo título que os homens. 6º O beneficio anual, depois de satisfeitos os gastos comuns, será repartido proporcionalmente segundo as três faculdades produtivas: capital, trabalho e talento. Os fourieristas supõem que esta organização produzirá importantíssimas e fecundas consequências, pois, por exemplo, as 400 famílias reunidas levariam grandes vantagens em substituir seus 400 lugares, que empregam a 400 mulheres, por uma boa cozinha dirigida por umas quantas pessoas hábeis na arte de cozinhar; seus 400 depósitos de grãos por um bom; suas 400 adegas por uma ampla e magnífica, &c., &c. A falange, ou seja a reunião de 400 casinhas, viria com o tempo a se reunirem em um só edifício; com 400 departamentos com dependências comuns e particulares, e este grande edifício unitário receberá o nome de falanstério.


Desta forma Fourier antecipa as propostas posteriores do socialismo libertário ao edificar comunas de associação voluntária como base do sistema político que substituiria o estado e o capitalismo. Portanto, a proposta do falanstério antecipa projetos posteriores como os sovietes, as comunas autônomas e o principio federativo (etc) as quais formam parte integral doanarquismo, do comunalismo intencional e de algumas alas menos autoritárias do marxismo como o comunismo de conselhos.
[editar]Principais obras



Edifício abandonado da falange Norte-americana, um dosfalanstérios erguidos nos Estados Unidos no século XIX.

Théorie des tromphèthes des Buron (Teoria das trombetas de Buron) (1808)

Théorie des quatre movements (Teoria dos quatro movimentos) (1808), Fourier divide toda história anterior em quatro fases: selvageriabarbárie, patriarcado e civilização. Coincidindo esta última fase com o capitalismo burguês do século XIX e cuja origem remonta Fourier ao século XVI e sobre a qual chegaria a afirmar que esta "ordem civilizada eleva a uma forma complexa, ambígua, equívoca e hipócrita todos aqueles vícios que a barbárie praticava em um meio da maior ingenuidade". Também afirma nessa obra que "Na civilização, a miséria brota da própria abundância".
Traité de l'association doméstique-agricole (Tratado de associação doméstica e agrícola) (1822).
Le nouveau monde industriel et societaire (O novo mundo industrial e societário) (1829).
La fausse industrie (A falsa indústria) (1835-1836).
Le nouveau monde amoureux (O novo mundo amoroso). Tal obra nunca chegou a ser levada à imprensa por Fourier, sendo editada postumamente, só em 1967. Nela descrevia um momento da sociedade em que as paixões de alguns indivíduos se combinariam com as paixões de outros com o qual deixariam de ser perversões. Nesta sociedade seria abolido o comércio, câncer da economia e causa do desperdício e do parasitismo. O consumo se reduziria espontâneamente ao essencial; a indústria se reorientaria; o trabalho se organizaria em pequenas comunidades e se distribuiria sobre a base das aptidões e desejos individuais.
[editar]Influência
[editar]Nas revoltas do século XIX e fundação dos falanstérios



As ideias de Fourier tiveram influência nas revoluções populares de 1848 conhecidas como Primavera dos povos através de seguidores como Victor Considérant. A essa época na América do Norte e na América do Sul foram fundadas diversas comunidades intencionais por seguidores, geralmente imigrantes europeus. Entre outros, no Brasil surgiram o Falanstério do Saí em Santa Catarina e a Colônia Cecília no Paraná, enquanto nos Estados Unidos foram erguidos A Utopia, em Ohio, La Réunion no Texas, e a Falange norte-americana em Nova Jersey.



Os escritos de Fourier foram incluídos pela igreja católica no Index Librorum Prohibitorum lista daquelas publicações que a Igreja Católica catalogou como livros perniciosos para a fé. O propósito desta lista era prevenir a leitura de livros ou trabalhos imorais que contivessem erros teológicos ou morais e prevenir da corrupção seus fiéis.

[editar]Marxismo e o rótulo de socialismo utópico



Desenho de jornal estadunidense de 1850 de cunhoconservador, satirizando o Fourierismo, o Abolicionismo e outros movimentos progressistas.


Não tardaria para que uma vertente do pensamento progressista se levantasse em crítica ao Fourierismo. Já em seu Manifesto do Partido Comunista os jovens Marx e Engels buscariam de todas as maneiras diferenciar sua proposta de socialismo daquela elaborada por pensadores como por Saint-Simon, Charles Fourier, Louis Blanc e Robert Owen, considerada por eles fantasiosa uma vez que buscava transformar radicalmente a sociedade sem uma ênfase no conflito entre as classes, e através da boa vontade e participação de todos. Neste mesmo sentido os marxistas conferiram ao seu próprio projeto um suposto cunho científico (comunismo científico) que não estaria presente na obra daqueles que rotularam de socialistas utópicos.



Como resultado dessa desqualificação, não só de Fourier como de outros pensadores considerados utópicos, seus trabalhos foram deixados de lado por gerações de marxistas, banidos por essa corrente de pensamento que, em sua suposta cientificidade, se comportava de forma análoga à igreja católica com o seu Index Librorum Prohibitorum. Somente muito tempo depois, na década de 1960, setores marginais do pensamento marxista, a partir da influência dos escritos de Herbert Marcuse, resgatariam a obra de Fourier enquanto fonte de reflexões a ser considerada.




"Fourier, de ti eles zombaram, mas não haverá remédio a se tomar mais dia menos dia que a tua medicina"

André Breton,Ode à Charles Fourier


[editar]Século XX



Na metade do século XX, as ideias de Fourier interessaram diversos intelectuais socialistas que se encontravam fora do mainstream marxista. Depois de que os surrealistas romperam com oPartido Comunista Francês, André Breton escreveu o poema Ode à Charles Fourier em 1947. No livro clássico de freudo-marxismo de Herbert Marcuse da década de cinquenta Eros e a civilização, Fourier é mencionado como representante importante da tradição hedonista.




Não é por acidente que o trabalho de Fourier está se convertendo em tópico outra vez dentro da intelligentsia avant-garde das esquerdas. Como Marx e Engels aceitaram, Fourier foi o primeiro a fazer clara a diferença qualitativa entre a sociedade livre e não livre. E nisto ele jamais retrocedeu, como Marx todavia o fez, ao falar de uma sociedade possível, na qual o trabalho se converte em jogo, uma sociedade na qual até o trabalho socialmente necessário pode ser organizado em harmonia com as necessidades liberadas genuínas do homem.

Herbert Marcuse, na conferência Das Ende der Utopie 1967.



Em 1969 Raoul Vaneigem - um dos principais articuladores da Internacional Situacionista - inspirado no texto de Fourier Aviso ao civilizados a respeito da próxima Metamorfose Social dava forma a seu próprio texto Aviso aos civilizados a respeito da autogestão generalizada, no qual defendia enquanto proposta política a radicalização do modelo fourierista.




"A assembleia toda é através de seus representantes, com suas tendências, a que deve estar presente na hora de decidir. Se bem que a destruição do Estado impede essencialmente que se repita o engano do Soviete Supremo, é necessário mais que a simplicidade de organização para garantir a impossibilidade de aparição de uma burocracia. Já que, precisamente, a riqueza das técnicas de comunicação, pretexto para mantimento ou o retorno dos especialistas, permite o controle permanente dos delegados pela base, a confirmação, a correção ou a desaprovação imediatas de suas decisões a todos os níveis. Telex, computadores, televisões, pertencem, por tanto, sem que se possam ceder, às assembleias de base. Realizam sua onipresença. Na composição de um conselho se distinguirá, sem dúvida, conselhos locais, urbanos, regionais, internacionais – o correto será que a assembleia possa eleger e controlar uma seção de equipamento destinada a recolher as demandas de abastecimento, a levantar as possibilidades de produção, a coordenar estes dois setores: uma seção de informação, encarregada de manter uma relação constante com a vida dos outros conselhos; uma seção de coordenação a que incumbe, na mesma medida que as necessidades da luta a permitam, enriquecer as relações intersubjetivas, radicalizar o projeto fourierista, encarregar-se das demandas de satisfação passional, equipar os desejos individuais, oferecer o necessário para os experimentos e aventuras, harmonizar as disponibilidades lúdicas da organização dos trabalhos obrigatórios e gratuitos (serviço de limpeza, cuidar de crianças, educação, concurso de cozinha, etc.); uma seção de autodefesa. Cada seção é responsável ante a assembleia plenária dos delegados (revogáveis e submetidos ao princípio de rotação vertical e nominal) que se reúnem e prestam regularmente seus informes."


Raoul Vaneigem, Aviso aos civilizados a respeito da autogestão generalizada 1969



[editar]Na contemporaneidade



Contemporaneamente pode-se constatar a grande influência do pensamento de Fourier nos escritos de intelectuais libertários como Hakim Bey, Paul Goodman, Bob Black e P.M..



Em diversas passagens de sua obra, mas principalmente em seu artigo Oceano de Limonada e Tempos Modernos,[10] Hakim Bey traz à tona reflexões acerca das experiências fourieristas na constituição de estratégias de comunalismo libertário.






Um bolo urbano, comunidade autônoma descrita por P.M.em seu livro Bolo'bolo.



"A nova Pantarquia Universal e o novo Falanstério Norte-americano será inicialmente uma sociedade experimental de investigações (ainda assim, de homenagem e recriação, fiel ao empoeirado estilo do século XIX!) - mas também, e quem sabe, mais importante, este feito pode se converter em um núcleo de associação. Planejamos fazer excursões aos lugares originais de Modern Times e de outros falanstérios; pretendemos ressuscitar a tradição fourierista dos banquetes; pensamos construir um templo em honra a Fourier e ao Pantarca; pode ser inclusive que cheguemos longe o suficiente para produzir outro boletim de notícias!(…)E talvez nossas investigações realmente nos levem a futuros experimentos mais avançados sobre a criação de zonas autônomas temporárias, tempos e espaços livres escavados nas muralhas da Babilônia - autonomia criativa e camaradagem nas zonas proibidas, locais onde o poder terá 'desaparecido' - E (quem sabe?) pode ser que até mesmo nossas vidas se rendam a este ímpeto de mudança… Um excêntrico? Sim, sou um excêntrico: um pequeno dispositivo que causa revoluções!"


Hakim Bey, Oceano de Limonada & Tempos Modernos




Também é possível perceber a influência de Fourier nos escritos de Gustav Wyneken, Guy Davenport (em sua obra de ficção Maçãs e Peras), bem como na obra do geógrafo David Harvey, no apêndice de seu livro Espaços de Esperança,[11] denominado "Edília, ou faça disso o que quiser", que oferece uma visão utópica pessoal do futuro muito próxima das ideias de Fourier.[12]



No filme Metropolitan de Whit Stillman, o personagem Tom, descrito como um fourierista, debate com outro personagem o sucesso do experimento social conhecido como Brook Farm (Granja Brook), inspirado nas ideias de Fourier .

[editar]Referências



Charles Fourier na senioridade.

Engels, F. (1892): Del socialismo utópico al socialismo científico.(em espanhol)

Goldstein, L (1982). "Early Feminist Themes in French Utopian Socialism: The St.-Simonians and Fourier", Journal of the History of Ideas, vol.43, No. 1.
Lehouck, E.(1973): Fourier o la armonia y el caos(em espanhol)
Pellarin, C. (1846). The Life of Charles Fourier, New York, 1846. Google Books.(em inglês)
Screpanti, E. & Zamagna, S. (1993): An Outline of the History of Economic Throuht.(em inglês)
Serenyi, P. (1967). "Le Corbusier, Fourier, and the Monastery of Ema", The Art Bulletin, vol.49, No. 4. (em inglês)





a b c Serenyi 1967, p.278.



a b Pellarin 1846, p.236.
Pellarin 1846, p.235-236.

a b Pellarin 1846, p.213.



Harvey, David. Espaços de Esperança. Loyola, 2005. ISBN 8515029723


[editar]Ver também







[editar]Ligações externas

O Commons possui multimídias sobre Charles Fourier

Sociedades experimentales (em espanhol) . Desutopias-Jornadas Fourier



Un cadáver rodeado de flores (em espanhol) , por Miguel Angel de la Cruz Vives





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