domingo, 19 de abril de 2015

"Eu abri a porta e ela disse que ia me matar", diz idosa agredida por travesti em São Paulo


Laura perdeu os dentes, quebrou o braço e nariz, além de ferimentos em todo o corpo

"Você é o Satanás e eu vou te matar". Assim começou o pesadelo de Laura P., de 73 anos, no último dia 11. Após abrir a porta de seu apartamento, ela ouviu a ameaça de sua vizinha, a travesti Verônica Bolina, de 25 anos, e começou a ser espancada. 
Dona Laura recebeu a reportagem do R7 em casa neste sábado (18), no bairro da Bela Vista, em São Paulo. Uma semana após a agressão, marcas de sangue ainda mancham as paredes do andar onde ela mora.

O caso ficou conhecido depois que a travesti foi presa e arrancou a orelha de um carcereiro, teve fotos divulgadas em que aparece sem blusa e com o rosto machucado, o que levantou denúncia de entidades que defendem os direitos humanos.

Imagens: Idosa teve traumatismo craniano e perdeu dentes

Laura está com o nariz e um braço quebrados, várias marcas roxas pelo corpo, ligamentos das pernas rompidos e dezenas de pontos no couro cabeludo, após passar por uma cirurgia para tratar um traumatismo craniano. Ela ainda perdeu todos os dentes da parte superior da boca. 

Desde então, ela só consegue ficar sentada, única posição que encontrou para dormir. 

O confronto

Segundo Dona Laura, ela estava trabalhando no sofá de casa quando Verônica, que mora no mesmo andar, bateu à porta.
— Eu estava sentada trabalhando quando ele bateu na porta. Ele disse "você é o Satanás e vou te matar". Depois começou a me dar socos.

Uma outra travesti que mora no mesmo andar, conhecida como Beatriz, foi quem entrou no apartamento para ajudar a idosa. Segundo o boletim de ocorrência, ela também apanhou de Verônica, assim como uma terceira vizinha, Lívia.

Laura conta que, no momento em que a Beatriz interviu na briga, as duas saíram do apartamento. A idosa então trancou a porta, mas Verônica conseguiu arrombá-la para uma nova agressão, dessa vez com mais violência.

Com uma bengala nas mãos, Verônica quebrou diversos móveis e objetos do flat. Ela ainda teria jogado uma cadeira contra Dona Laura.

— Se não fosse a Bia [travesti], eu estaria morta. Ela salvou a minha vida. Eu nunca tive problema nenhum com a Verônica, pelo contrário, todas as vezes que nos víamos pelo corredor nos cumprimentávamos. Eu nunca reclamei de barulho e nunca briguei. Ele simplesmente invadiu a minha casa e quase me matou.


Laura perdeu todos os dentes superiores da bocaSylvia Albuquerque/R7

Laura é corretora de seguros e trabalha em casa, no flat onde vive há seis anos. Ela disse que nunca se importou com os travestis e garotas de programa que moram e trabalham no local.

— Eu nunca me importei com o que fazem ou deixam de fazer. Minha vida se passa da minha porta para dentro. Só que eu quero justiça, porque apanhei muito e por quase meia hora.

O filho da idosa, Augusto P., é quem está cuidando do processo e quem acompanhou os desdobramento da prisão de Verônica — levada para o 2° DP, ela arrancou a orelha de um carcereiro no local.



— Estamos revoltados porque estão querendo transformar a Verônica em uma heroína. Ela teve a dignidade tirada por estar no chão com os seios à mostra. Mas e minha mãe? Eu quero justiça pelo que ele fez, independente se ele é travesti ou se fosse homem, ou uma mulher. Outra travesti salvou a vida da minha mãe e devo toda gratidão do mundo.

Outros moradores do edifício disseram à reportagem, na condição de anonimato, que a violência de Verônica foi causada por um surto por conta do uso de crack.

A reportagem também encontrou a mãe de Verônica, Marli Ferreira Alves Francisco, de 48 anos, que estava no local esvaziando o flat da filha. Ela disse que “minha filha está bem”, antes de avisar que não vai mais falar com a imprensa por orientação dos advogados.



Espancamento em delegacia

Verônica foi indiciada por tentativa de homicídio contra Laura, dano qualificado, desacato, resistência e lesão corporal, além de tentativa de homicídio pela agressão contra o carcereiro. Os inquéritos correm no 78 e 2° DP. Verônica foi transferida para um presídio na sexta-feira (17).  

Em nota, a Secretaria de Segurança Pública informou que "ela foi ouvida na tarde desta quarta-feira e confirmou que, quando estava detida em uma cela, expôs a genitália e começou a se masturbar, o que provocou a revolta dos outros presos. Para conter a situação, um carcereiro entrou na cela para retirá-la, quando Verônica o atacou com uma mordida na orelha. O delegado esclarece que Verônica se machucou durante esses confrontos".

Laura informou que não sabe dizer quantos pontos levou na cabeça

O órgão afirmou ainda que o caso será investigado pela corregedoria para apurar a conduta dos policiais envolvidos na agressão contra Verônica. O caso ganhou grande notoriedade depois que entidades de defesa dos direitos humanos questionaram fotos divulgadas em que Verônica aparece no chão, sem blusa e com o rosto ferido depois de ter apanhado.




O delegado Luiz Roberto Hellmeister, do 2° DP, disse que o carcereiro e a travesti viveram ‘uma verdadeira briga de rua’. 

— Ela chegou aqui e não quis ficar na cela com os outros homens. Foi levada para um seguro (cela isolada), mas também não quis ficar. No momento em que estávamos fazendo um remanejamento, ela atacou o carcereiro e ele deu socos nela. Foi cena de briga de rua mesmo. Aqui é um lugar provisório e não temos celas específicas, como em um presídio




Muitos grupos de apoio se manifestaram em relação ao caso, apoiando Verônica. Mas outros movimentos também surgiram contra a defesa da travesti, apontando que ela agrediu uma idosa 



O apelo foi postado na página de Verônica no Facebook. Verônica ganhou os noticiários depois que arrancou a orelha de um carcereiro do 2º Distrito Policial, no Bom Retiro, região central de São Paulo. Depois do ocorrido, ela foi agredida por ele, o que gerou polêmica em relação ao procedimento aplicado pela polícia em caso de detenção de travestis ou transexuais


A foto acima foi compartilhada por milhares de pessoas nas redes sociais. A Secretaria de Segurança Pública de São Paulo informou que o caso será investigado pela Corregedoria da Polícia Civil

Comissão da Câmara quer explicação sobre caso de travesti agredida em SP

Verônica foi presa por suspeita de tentativa de homicídio na sexta-feira (10)


O presidente da Comissão de Direitos Humanos da Câmara dos Deputados, Paulo Pimenta (PT-RS), encaminhou nesta sexta-feira (17), pedido de informações ao governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB), e ao procurador-geral do Ministério Público paulista, Márcio Elias Rosa, sobre o caso de abuso de autoridade contra a travesti Verônica Bolina, de 25 anos.


Verônica foi presa por suspeita de tentativa de homicídio contra uma vizinha idosa e levada ao 2º Distrito Policial, no Bom Retiro, região central da capital paulista. A vítima teria sido espancada, teve seus cabelos cortados e foi humilhada, tendo seios e nádegas expostos.



Em ofício, Pimenta disse que a comissão pretende acompanhar a apuração sobre os crimes de tortura, agressão, racismo e homofobia supostamente praticados por policiais contra Verônica, cujo nome civil é Charleston Alves Francisco. Pimenta solicita informações sobre as providências tomadas pelo governo paulista e pelo Ministério Público no caso. O regimento interno da Câmara determina à Comissão de Direitos Humanos investigar denúncias de ameaça ou violação de direitos humanos.



Verônica foi presa na sexta-feira (10), por suspeita de tentar assassinar uma vizinha. No domingo (12), a travesti teria se envolvido em uma briga com outros presos e foi acusada de arrancar, a dentadas, a orelha de um carcereiro.



— Nenhum ato que tenha sido praticado pela vítima, em legítima defesa ou não, tem o condão de justificar tamanha violência policial - diz o parlamentar no ofício.


1º - "Eu abri a porta e ela disse que ia me matar", diz idosa agredida por travesti em São Paulo (aqui)
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2º - FEMINISMO, O MITO DA VIOLÊNCIA MASCULINA (aqui)
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3º - Corregedoria vai apurar caso de travesti agredida em São Paulo (aqui)


  
Esses camaradas são os maiores propagadores do comunismo no mundo (aqui)

Osvaldo Aires Bade Comentários Bem Roubados na "Socialização" - Estou entre os 80 milhões Me Adicione no Facebook 

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