quarta-feira, 27 de maio de 2015

Como um mafioso italiano ficou 30 anos escondido no Brasil


Na esquerda, uma foto de Scotti na época em que fugiu da Itália. Na direita, uma projeção de como estaria feita pela Interpol. Vivendo há 31 anos no Brasil, o italiano Francisco de Castro Visconti, de 56 anos, levava uma vida comum. Até o dia em que, após cumprir sua rotina de levar os filhos para a escola, foi preso pela Interpol.

São Paulo - Vivendo há 31 anos no Brasil, o italiano Francisco de Castro Visconti, de 56 anos, levava uma vida comum. Até o dia em que, após cumprir sua rotina de levar os filhos para a escola, foi preso pela Interpol.
Descobriu-se que Francisco na verdade era Pasquale Scotti, um condenado mafioso italiano que estava foragido desde 1984.
Scotti era o braço direito de Rafaelle Cutolo, fundador e líder da máfia Nuova Camorra Organizzata. Segundo a Interpol, ele ordenou e realizou 26 assassinatos pelos quais foi condenado à prisão perpétua. 
A vida no Brasil
Pasquale Scotti foi preso em Recife, capital de Pernambuco, onde morava há 28 anos. Ele vivia com a mulher e os dois filhos, de 10 e 12 anos, no bairro do Sancho, na zona oeste da cidade. 
Em depoimento à Polícia Federal brasileira, o italiano afirmou que sua família brasileira não sabia de sua identidade real. 
No Brasil, Scotti seguia a nova vida como Francisco: usava identidade falsa, tinha CPF e até título de eleitor ilegais.
Em depoimento à PF, o italiano afirmou que conseguiu seus documentos falsos com um homem em Fortaleza e que vagou por vários estados até virar empresário e se firmar em Recife por volta de 1995. 
A ação foi realizada, em conjunto, pela Polícia Federal (PF) e Interpol. Agora, Scotti deve ser extraditado para a Itália.  
Para o diretor da Interpol na Itália, Genaro Capulongo, a prisão de Pasquale Scotti nesta terça-feira foi uma das operações mais importantes já realizadas pelo órgão. "Scotti é considerado um dos mais perigosos foragidos italianos que ainda não tinha sido preso", disse.

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