quarta-feira, 22 de julho de 2015

Popularidade do governo Dilma cai e apoio a impeachment aumenta, diz CNT/MDA

Maria Carolina Marcello
Comentário de Julio Severo: Como diz a reportagem do serviço noticioso internacional Reuters, a economia elege e derrota, independente se o governo é de esquerda ou direita. O governo conservador da Espanha está passando por apuros e sofreu grandes derrotas municipais nas últimas eleições, por causa da economia enfraquecida. Nas próximas eleições, o povo espanhol vai querer votar na esquerda para sair da crise econômica e, se não funcionar, volta a votar na direita, e assim por diante. A Guatemala, um dos únicos países com governo direitista na América Latina, tem um presidente que já foi chefe do Estado maior das forças armadas. Seu governo tem tido posturas públicas, até mesmo na ONU, contra o aborto e a agenda gay, sendo por isso criticado pelo governo dos EUA. Além disso, o governo desse presidente (Otto Pérez Molina), que já foi um dos grandes líderes militares de seu pais, tem sido marcado por uma das menores cargas tributárias do continente americano. Mas os constantes escândalos e corrupções, inclusive pedidos de impeachment do presidente direitista, fazem lembrar o Brasil, embora seus presidentes estejam em polos ideológicos opostos. O exemplo do Brasil, Espanha e Guatemala mostra que se a economia não está bem, os eleitores pouco se importam se o presidente é contra ou a favor do aborto e da agenda gay. O povo vota mais pensando no bolso e benefícios do que em valores morais imutáveis. Eis a reportagem completa da Reuters:
BRASÍLIA (Reuters) — A avaliação do governo Dilma Rousseff sofreu nova queda devido principalmente à piora do quadro econômico, mostrou pesquisa CNT/MDA divulgada nesta terça-feira, que apontou ainda um aumento do percentual de entrevistados favoráveis ao impeachment da presidente.
Segundo a pesquisa, a economia teve papel central na percepção que a população tem do governo, mas a instabilidade política e as denúncias de corrupção também tiveram peso. Para 60,4 por cento, a crise econômica é a mais grave, enquanto 36,2 por cento consideram que a crise política está mais séria.
“A crise econômica elege, a crise econômica derrota, isso é histórico para todo mundo”, disse a jornalistas o presidente da Confederação Nacional do Transporte (CNT), Clésio Andrade. “A economia vai eleger, a economia vai derrotar.”
Apenas 7,7 por cento dos entrevistados veem o governo Dilma como ótimo ou bom, enquanto 70,9 por cento têm uma avaliação negativa. Em março os números eram, respectivamente 10,8 e 64,8 por cento.
A avaliação positiva do governo atual é a pior da série histórica das pesquisas de opinião da CNT, ficando abaixo dos 8 por cento registrados para o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso em setembro de 1999.
O levantamento apontou, por exemplo, que apenas 6,8 por cento consideram que será possível resolver a crise econômica em até um ano. A maioria dos entrevistados, 61,7 por cento, responderam que a resolução da crise levará pelo menos três anos.
Metade dos consultados, exatos 50 por cento, respondeu que teme ficar desempregado, enquanto 43,7 por cento negaram ter essa preocupação.
LAVA JATO
A fragilidade econômica e as turbulências na seara política provocaram o aumento do apoio a um eventual impeachment de Dilma. De acordo com o levantamento, agora são 62,8 por cento a favor, ante 59,7 por cento na pesquisa anterior. A margem de erro da pesquisa divulgada nesta terça-feira é de 2,2 pontos percentuais.
As investigações conduzidas pela Polícia Federal para apurar denúncias de corrupção na Petrobras contam com o conhecimento de boa parte da população, segundo a sondagem – 78,3 por cento responderam que “têm acompanhado” ou que “ouviram falar” da operação Lava Jato. Segundo o presidente da CNT, as denúncias ajudaram a puxar para baixo a avaliação do governo.
Andrade, que foi vice do senador Aécio Neves (PSDB-MG) quando o parlamentar governou Minas Gerais, cita ainda a dificuldade de articulação de Dilma com o Legislativo e as turbulências que enfrenta no Congresso como fatores que contribuem para que as pessoas tenham uma avaliação negativa do governo no âmbito político.
Entre os que têm acompanhado ou ouviram falar do noticiário sobre a Lava Jato, 69,2 por cento consideram a presidente Dilma culpada pela corrupção investigada pela Polícia Federal. Na pergunta seguinte, se consideravam o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva culpado pelas irregularidades, 65 por cento responderam afirmativamente.
Em seguida, o MDA perguntou ao universo de entrevistados que têm acompanhado a Lava Jato quem consideram "o maior responsável" pela corrupção. A maior parte, 40,4 por cento, apontou o governo, enquanto outros 34,4 por cento acreditam que os maiores responsáveis são os partidos políticos.
AÉCIO À FRENTE DE LULA
A pesquisa simula ainda cenários eleitorais. Em um deles, Aécio teria uma liderança folgada sobre Lula se a eleição presidencial fosse hoje.
O senador mineiro teria 35,1 por cento das intenções de voto, contra 22,8 por cento de Lula e 15,6 por cento da ex-senadora e terceira colocada na disputa de 2014, Marina Silva.
Segundo a sondagem, 44,8 por cento acreditam que se Aécio tivesse vencido no ano passado seu governo estaria melhor do que o de Dilma. Mas 36,5 por cento acham que o governo do tucano estaria igual ao da petista, enquanto apenas 10,9 por cento imaginam que estaria pior.
O instituto MDA ouviu 2.002 pessoas entre os dias 12 e 16 de julho, na pesquisa encomendada pela CNT.
Fonte: Reuters
Divulgação: www.juliosevero.com
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